Brics: Periferia “É nóis”
Os Brics
ditam o novo ritmo da economia mundial. Essa sigla representa países que
nas duas últimas décadas tiveram uma ascensão econômica acima da média mundial.
Para alcançarem tal sucesso, foram vários os fatores que contribuíram, dentre
eles temos: recursos energéticos,
espaços industriais, produção de alimentos, população em idade ativa e mercado consumidor.
A gênese do
nome Bric (Brasil, Rússia, Índia, China) ocorreu no inicio do século XXI pelo
economista inglês Jim O`Neil, que percebeu através de pesquisas um crescimento de mercado diferenciado desses países em
relação as outras nações. Esse grupo é a “bola da vez” na economia mundial,
sendo fonte de lucros tanto para o capital especulativo quanto ao capital
produtivo.
Há previsão
que em 2050, o Bric será maior economicamente que o tripé (EUA, Japão, União
Europeia). Prevê a China superando os EUA nos próximos quarenta anos.
Atualmente o país asiático já é a segunda economia do mundo. E ainda temos o
Brasil, que este ano chegou a sexta potência mundial.
Não podemos
esquecer, que nesse mercado tão dinâmico há uma dependência entre os atores –
transnacionais, Estados, instituições – comandantes do sistema
financeiro, que controlam e atuam no mercado de acordo os seus interesses.
Por enquanto o Bric é muito interessante, então é relevante o grupo aproveitar
o momento.
Com
crescimento semelhante aos países do Bric, a África do Sul foi incluída ao
grupo alguns anos depois, formando o chamado Brics. Essas cinco nações, de
quatro continentes – África, Europa, Ásia e América – têm aproximadamente 40%
da população mundial, sendo 3 bilhões de pessoas. Para os economistas, esse
número representa um mercado potencial gigantesco, principalmente pelos
resultados dos últimos anos, em que os investimentos empresariais e
governamentais propiciaram uma maior inclusão social, consequência disso,
ocorreu uma ampliação da classe média.
A China e
Índia, por exemplo, obtiveram nas
últimas décadas um desenvolvimento acima das outras nações, fator que contribuiu
para que milhões de asiáticos deixassem de viver abaixo da linha de pobreza. No
Brasil não é diferente, devido aos projetos sociais do governo, estabilização e
ascensão econômica, o país propiciou uma melhora exorbitante na qualidade de
vida de milhões de brasileiros. Na Rússia, esse processo, foi graças à abertura
política e econômica pós anos 90, com o fim do socialismo.
No mundo dos
negócios, o Brasil, a China, Índia e África do sul, ainda são privilegiados por
terem a maior parte da população em idade ativa e isso ocorrerá por vários
anos. Uma maior PEA – População Economicamente Ativa – assegura mão de obra
para manter o crescimento econômico. Somente a Rússia que está com o
crescimento demográfico estabilizado ou até mesmo negativo, com uma estrutura
etária com alto número de idosos, sobrecarregando os gastos sociais.
Além da
numerosa mão de obra, esses países possuem uma grande extensão territorial,
exceto a África do Sul - a área dos outros quatro corresponde a um quarto das
terras do mundo. E mais, nos últimos anos passaram a investir em tecnologia,
produção e infraestrutura.
Nesta aldeia
global, a economia passa por uma nova configuração, nações que eram
consideradas periféricas, hoje são palcos de enormes investimentos
internacionais. Por tudo já citado, o grupo Brics é um bom exemplo de sucesso.
Para melhor
compreensão do que ocorre no planeta econômico, enquanto o G7 – Estados Unidos,
Canadá, Japão, Itália, França, Alemanha e Inglaterra – luta contra crises e
mais crises, o Brics está de “vento em popa” superando expectativas e claro se
protegendo de algumas “gripes” do sistema financeiro.
Será este século
a vez dos periféricos?
Jânio, passei :DDD (Natali, 3º azul)
ResponderExcluirSó não acredito muito na Rússia, mas creio que a vez dos periféricos está chegando sim,a própria crise financeira vem facilitando a ascensão de novos países ao título de potência.Torço para que estas mudanças ocorridas no Cesário econômico tragam de fato melhorias para a população dos BRICS, que não sejam somente números ou expectativas.
ResponderExcluirMuito bem a sua abordagem Pri, pois a Rússia necessita resolver seu problema populaciona e também contribuir para superação da crise europeia. O tempo responderá.
ExcluirAbraços
Penso que sim Janio, pois o G7 já deu muito de suas folhas ao vento..e nossa aprendizado e concorrência é pra valer...riquezas temos muito mais!!!
ResponderExcluirCarlinha a sua análise é pertinente, já que nos últimos anos vivemos uma mudança enorme no cenário econômico. Agora é relevante o nosso país ser mais responsável com as nossas riquezas. Abraços
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