Um
trem desgovernado uai...
Logo após um
processo eufórico no fim do mundo bipolar ( Guerra Fria) e da esperada nova
ordem mundial ( multipolaridade) com a supraeconomia de mercado, iniciou um
período de maior intensidade desse fenômeno de globalização. Fase de desenvolvimento econômico,
crises financeiras, desigualdades sociais perceptíveis são agora analisados. Há
um pedido planetário por uma administração global que não seja excludente. A
busca por um caminho que mesmo sinuoso, facilite a governabilidade do sistema.
A maior parte
das infrações nas vias de transporte é causada por imprudência humana. A
inabilidade e despreparo, acrescentadas ás deficiências estruturais, além da
falta de um poder judiciário mais atuante, são fatores contribuintes para tal
situação.
Ponderando as
análises, percebemos certa semelhança entre a administração do planeta com a
expansão caótica do trânsito de veículos pelos centros urbanos. Impunidades,
acidentes, direção descontrolada, todos esses elementos atestam a sensação de
desgovernabilidade.
Comparado
a um animal, que ao nascer apresenta dificuldades de dar os seus próprios
passos, necessita de ajuda para desenvolver e aprimorar sua habilidade. O
autogoverno de o seu caminhar vem com o
tempo, com a redução dos tropeços, das quedas. O mesmo ocorre com a sociedade,
que nas últimas décadas está aprendendo a andar com a nova ordem mundial. A
necessidade de equilíbrio, em busca de um governo que acerte os passos
dificultados pelas diferenças políticas, econômicas e sociais existentes no
planeta.
É
relevante que os governantes revisem as suas habilidades e tirem o mais rápido
possível a sua carteira de habilitação, numa tentativa de evitar ou reduzir
tropeços, percalços, procure eliminar os acidentes desse novo percurso a ser
enfrentado.
A
receita é simples e do cotidiano. Com a revolução técnico cientifica
informacional das últimas décadas, o mundo passou por mudanças jamais vistas
pela sociedade em termos de velocidade de interação (comunicação, transporte,
trocas comerciais) de mercado. Entretanto, não se sabe ainda como governar todo
esse processo tão recente de relações. Como equilibrar nessa nova sociedade?
No
século XX com todo o progresso da ciência, da arte, do acesso a necessidades
básicas, da consolidação do Estado e instituições, do aumento de recursos para
longevidade da vida ocorreu um surto evolutivo da sociedade. Em contrapartida,
produzimos recursos – armas químicas, bomba atômica – que pode extinguir as
vidas em escala jamais vista.
Esse
século que está apenas no início, vivenciamos um período de perguntas sem
respostas. Estamos ainda em um período de análises de riscos, de previsões. É
necessário que os governos se habilitem, para que não comparemos o nosso
planeta com um barco a deriva. Governabilidade já.