Carne X Espírito
Hoje com o pensamento confuso, o
meu corpo transpirava você. As lembranças são inevitáveis do momento único, o
seu olhar. Por isso viajo no meu devaneio, ciente das impossibilidades
referentes ao desejo do inevitável.
Evitar a atitude é abster do imaginável
real, procedente da cobiça predatória do ser animal. Entretanto, a fobia da
ação limita o louco a fazer o que talvez
para muitos seja inesperado.
É negar à irracionalidade, submetendo
a emoção instigante do pensamento de um corpo pedinte. O psíquico tem a
combustão do pedido corporal. Então é fazer o impensado, não ter remorso do
presente, que em segundos será passado.
O nosso momento exclui os outros,
o mundo para. Essa pequena inércia,
apenas ratifica as funções de X e Y, na tentativa de dominar a imagem
inerente ao surto do fôlego disperso por você. Creio que não há ciência
detentora do conhecimento do desejo.
Você aguça o homem, negando com
jeito juvenil, aquilo que até o senil é vulnerável. É despertar o suspirar de maneira ilimitada,
fazendo da carne um arrepio que diverge da salvação do espírito.
Será se a espiritualidade tem as
mesmas necessidades da carne?