quinta-feira, 19 de setembro de 2013

meio ambiente

01 - Ano Internacional da Biodiversidade

 

01 - Em relação ao termo Biodiversidade é correto afirmar que:

 

a) se relaciona somente à fauna e à flora da zona tropical do planeta, pois nas regiões temperadas não há diversidade.

b) abrange toda a variedade das formas de vida, espécies e ecossistemas em uma região ou em todo o planeta.

c) é restringido às espécies uniformemente distribuídas por toda superfície da Terra, o que só ocorre com a fauna.

d) não se relaciona aos fungos e micro-organismos do meio ambiente, limitando-se às fauna das zonas tropicais.
 
02 - Na contradição entre a sociedade industrial e o meio ambiente, surge a necessidade de acordos mundiais, sempre polêmicos, pois denotam a desaceleração do crescimento econômico para preservar o meio ambiente.
 
Um dos acordos que alertou o mundo e representou um momento chave da agenda ambiental foi a ECO 92, no Rio de Janeiro. Entre as preocupações desse encontro, estava
 
a) a ideia de que o controle da natalidade seria uma saída para evitar desgastes ambientais, pois quanto mais gente maior o consumo industrial.
b) a convicção de que os países pobres precisavam de ajuda para gerir suas florestas, pois não tinham condições de evitar o desmatamento e as queimadas.
c) o conceito de desenvolvimento sustentável, que compreendia o uso de elementos naturais somente em determinados lugares do globo, pois isso representaria um equilíbrio ambiental.
d)  a geração de um tratado global referente aos Princípios para a Administração Sustentável das Florestas, pois, se este princípio fosse seguido, seria alcançado o consenso entre conservação, manejo e desenvolvimento sustentável de todos os biomas florestais.
 
03 - Invadindo espaços
 
As cidades que antes serviam para abrigar os cidadãos, hoje são o ambiente típico dos automóveis.
Nos países em desenvolvimento, a ação do poder público em favor do automóvel foi e tem sido tão eficaz que fica cada vez mais difícil para os moradores das cidades viver com um mínimo de conforto sem um automóvel particular. Só os que, em razão do seu padrão de renda, não podem almejar ter um carro sujeitam-se ao ineficiente sistema de transporte público. Neles perdem várias horas do dia, muitos dias por ano, alguns anos de vida.
Se as condições fossem outras, se o transporte público fosse mais eficiente, menor seria a parcela de renda que boa parte da população precisa reservar para compra e manutenção de um carro particular, menores seriam as demandas por investimentos públicos no sistema viário, maiores seriam as disponibilidades da renda pessoal para outras atividades, incluindo lazer, e maiores seriam os recursos que o poder público poderia destinar para melhorar a qualidade de vida de uma população.
 
OKUBARO, Jorge J. O automóvel, um condenado? São Paulo: Senac, 2001. p. 52-53. (Adaptado).
 
De acordo com a análise do texto acima, é CORRETO afirmar:
a) o elevado custo, os problemas de congestionamento das grandes cidades (ônibus, automóveis, caminhões) são os maiores responsáveis pela poluição atmosférica nos centros urbanos, ocasionando a redução na qualidade de vida da população. 
b) a baixa tarifa do transporte urbano é um incentivo ao trabalhador, independentemente do tempo gasto para o deslocamento entre a casa e o trabalho, o que resulta em ganho no orçamento no final do mês. 
c) a qualidade do transporte coletivo urbano, fruto de estratégias de planejamento, acaba por estimular a utilização do transporte coletivo, diminuindo o número de veículos nos grandes centros urbanos. 
d) a crescente preocupação com o planejamento urbano pelos órgãos oficiais do governo tem trazido melhorias na condução do tráfego e a diminuição dos custos na infraestrutura viária. 
 
04 - Os recursos naturais desempenham um papel importantíssimo para a sociedade. Esses recursos podem ser classificados em: renováveis e não-renováveis. Exemplificam os recursos não-renováveis:
1. solo.
2. rochas calcárias.
3. florestas latifoliadas.
4. linhito.
5. gás natural.  
Estão corretas apenas:  
a) 1 e 2 b) 2 e 3 c) 1 e 4 d) 2, 3 e 5 e) 2, 4 e 5
 
 
05 - A dinâmica ambiental se expressa pelo comportamento dos elementos da natureza, bem como pelos aspectos sócio-econômicos da sociedade. Sobre o assunto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
 
(    ) A relação entre a sociedade e a natureza forma um conjunto fundamental para a compreensão das análises sócio-ambientais do espaço geográfico.
(    ) O processo de desmatamento pode ocasionar o rompimento do ciclo hidrológico, a perda do solo pelo processo erosivo bem como alterações no comportamento das variáveis climáticas.
(    ) Como agente de transformação das relações entre os homens e destes com a natureza, a industrialização implicou a urbanização baseada na defesa ambiental, implementando medidas antipoluidoras e protecionistas.
 
Assinale a seqüência correta.
 
a) V, V, V    b) F, F, V  c) F, V, V   d) V, V, F
 
 
 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

manifestações


José, o Brasil acordou e agora?

“Deitado eternamente em berço esplendido”, jamais...  o país acordou.

Esse verso entre aspas é o que inicia a segunda parte do nosso hino nacional, tão cantado nas últimas semanas em nosso país. Motivação advinda das manifestações difundidas em todo o território nacional e até em outras nações – Estados Unidos, Canadá, Japão, dentre outros. Entretanto, a atenção dada a essa frase do nosso hino foi derivada da fala de um senhor de setenta anos ao referir-se a sua participação nos protestos. Eufórico com toda a circunstância, ele não titubeava em enfatizar a relevância da participação popular nas mudanças políticas de uma sociedade.

E agora, José? O Brasil acordou...

Crianças, jovens e idosos, todos por um objetivo: um Brasil melhor. As ruas antes ornamentadas para eventos esportivos – futebol -, hoje têm como adereços cartazes indagadores das políticas sociais, das polêmicas emendas constitucionais, dos gastos com o mundial de futebol, corrupção, reforma política, infraestrutura, segurança, e outros pormenores, ou seja, a nação questiona o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, todos querem mudança e já.

E agora, José? O Brasil acordou...

Políticos pressionados, imprensa participativa, polícia ostensiva, rodovias interditadas, caras pintadas, mobilização nacional. Em duas semanas de protestos, percebe-se um Brasil aceso para o futuro, resolvendo claro o presente. Do menos ao mais letrado, do bar aos centros universitários a discussão unifica: O país precisa melhorar. Pois é, a população sempre taxada de passiva, agora vai as ruas para mostrar ao mundo que não somos só futebol, carnaval e nádegas.

José, o Brasil acordou, e agora?

Agora é o momento de convergir para uma menor desigualdade, para uma reestruturação educacional, uma competência política, uma saúde de verdade, menos impunidade. Portanto, não queremos que se omita ao nosso hino:

Ser “gigante pela própria natureza”.

 

terça-feira, 18 de junho de 2013

atividade agricultura

01 - A questão refere-se ao trecho abaixo.

”Necessitamos que o mundo conheça o verdadeiro custo que está por trás de uma uva, de um melão ou de um kiwi; não podemos permitir que chegue aos mercados do mundo o produto de nosso trabalho, tornando vulneráveis os direitos trabalhistas, os direitos das mulheres. Esse custo tem nome, de Olívia, Maria, Nelly, Rosa, Flor, Carmen, e muitas outras, que significam jornadas intermináveis, baixos salários, contratistas maltratadores, não pagamento de impostos, ausência de contrato de trabalho, exposição a praguicidas e enfermidades trabalhistas.” 
(Depoimento de mulheres chilenas em sua II Assembleia Nacional de Mulheres Assalariadas Temporárias da Agroexportação de Valparaíso. In: PORTO-GONÇALVES, Carlos W. A globalização da natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. p. 283-284.) 
Nesse contexto, é INCORRETO afirmar que 
a) a apropriação do trabalho pelo sistema capitalista sinaliza um processo de precarização das condições de vida.
b) as promessas da Revolução Verde para a área social foram ineficazes, ampliando a desigualdade na Divisão Internacional do Trabalho.
c) a pauta de exportação tem estado vinculada aos interesses industriais, alterando a lógica na prioridade alimentar entre humanos e animais.
d) a subcontratação temporária ocorre frequentemente pela necessidade sazonal de trabalho na monocultura, intensificando as disparidades sociais e espaciais.
e) o uso de Organismos Geneticamente Modificados são alternativas para crescimento da produção, demandando o emprego generalizado de química mais intensa.
resp. e
02- O modelo de desenvolvimento agrícola, adotado atualmente em boa parte dos países do mundo, tem levado à ocupação de áreas territoriais cada vez maiores. Como consequência, desencadeou-se uma série de problemas ambientais. 
A esse respeito, analise as afirmações I, II, III e IV, abaixo. 
I. A utilização indiscriminada de agrotóxicos pode eliminar insetos não nocivos, rompendo a cadeia alimentar.
II. Os solos poderão tornar-se estéreis, já que a biota contaminada desses solos poderá até desaparecer.
III. A intensa contaminação das águas subsuperficiais por produtos químicos disseminará, atingindo animais de águas superficiais.
IV. A implantação de monoculturas favorece o desenvolvimento de muitas espécies de seres vivos, como insetos, bactérias e fungos, que atacam as plantações, aumentando os predadores naturais. 
Dessa forma, 
a) apenas I e II estão corretas.              b) apenas III e IV estão corretas.
c) apenas I e IV estão corretas.             d) apenas I, II e III estão corretas.
resp. d
03- A chamada Revolução Verde promoveu grande aumento da produtividade em diferentes regiões agrícolas do planeta, por meio do uso de fertilizantes químicos, agrotóxicos e sementes selecionadas. Apesar do desenvolvimento técnico e econômico, a Revolução Verde provocou conseqüências ecológicas e sociais. Assinale a alternativa incorreta. 
a) A utilização de fertilizantes e de agrotóxicos tem por objetivo aumentar a produtividade e evitar quebra na safra.
b) Os fertilizantes e agrotóxicos são levados pela chuva para os córregos e rios, prejudicando o equilíbrio ecológico de seus ecossistemas.
c) Houve um enriquecimento tanto da flora quanto da fauna silvestre, devido a grande utilização de fertilizantes e produtos químicos.
d) Devido à utilização de fertilizantes e agrotóxicos, os produtos cultivados são mais vigorosos e abundantes.
resp. c

04 - Sobre o aumento no preço dos alimentos que atingiu grande parte do mundo, no primeiro semestre de 2010, é CORRETO afirmar que ele se associa
a) ao forte incremento do consumo de alimentos por parte de países emergentes de grande população, como é o caso dos países situados no norte da Europa.
b) ao aumento dos custos da produção agrícola como decorrência do aumento do petróleo e dos fertilizantes.
c) à quebra de safras em vários países produtores de grãos atingidos por secas prolongadas provocadas pelo efeito estufa.
d) ao aumento da produção de biocombustíveis e o fim dos subsídios agrícolas em países ricos, como os EUA e países da UE (União Europeia)
resp. b
05 - A pecuária em que o rebanho é criado obedecendo a métodos modernos que permitem uma seleção do gado para o corte, reprodução ou leite, utilizando pasto plantado e rações suplementares, é denominada:

a) Pecuária Intensiva.                  b) Pecuária Extensiva.
c) Pecuária Nômade.                   d) Pecuária Ultra-extensiva.
resp. a
06- A partir do final do século XIX, o consumo de alimentos pela população e de matérias primas agrícolas, pelo setor industrial, atingiu patamares sem precedentes na história das sociedades. Nesse contexto estabeleceu-se a chamada agropecuária comercial moderna. Em relação à agropecuária comercial moderna, todas as afirmações constantes das alternativas a seguir estão corretas, EXCETO:

a) Nesse sistema agrícola, grande parte das propriedades rurais é administrada como uma empresa.
b) O nível de tecnicismo aplicado na agropecuária comercial moderna dispensa a mão-de-obra especializada.
c) Os altos custos dos equipamentos e dos insumos fazem com que a agropecuária moderna seja viável, especialmente em médias e grandes propriedades rurais.
d) A agropecuária moderna é caracterizada pelo uso intensivo de recursos tecnológicos no campo.
resp. b

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Futebol canarinho

O pobre futebol milionário canarinho

    Futebol irresponsável, futebol de moleque, futebol de rua, futebol alegre, onde está esse futebol?
    Ao assistir o jogo do Brasil versus a França neste domingo, percebi o quanto esse esporte perdeu a magia do campo de várzea, das jogadas de efeito, da irreverência, na verdade, perdeu a essência da invenção. Meu Deus,  robotizaram o futebol.
Com uma habilidade enrijecida – talvez pelo esquema tático -, a sensação é de estarmos com um vídeo game manuseando as ações dos jogadores. Extremamente previsíveis, sem inspiração, fazem da partida uma indolência com poucas emoções.
    É nostálgico remeter as lembranças das jogadas de um Zico, Júnior, Careca, Sócrates, Cerezo, Luizinho, Éder e mais recentes Romário, Rivaldo, Ronaldo, dentre outros. Entretanto temos que contentar com jogadores medianos, ao qual vez ou outra com alguns lampejos artísticos.
    Antes lazer, hoje um tédio. Esse é o futebol moderno, mais propaganda, um funcionamento mercadológico, é menos arte em campo – a não ser quando as câmeras proporcionam o balé da imagem.
No entanto esse futebol pragmático, tedioso traz resultados. Um bom exemplo foi o Corinthians  no ano passado. Vários jogos, o time conseguia a vitória com um futebol extremamente burocrático, com resultados “magros” e poucos lances ofensivos ao adversário.
     Na verdade, hoje é um desafio assistir uma partida inteira de futebol, principalmente, quando se preza a arte e não a paixão por um time. A paciência para o baixo coeficiente intelectual de muitos vulgos artistas da bola, às vezes chega ao limite.
Em campo é visível à força física com pouco cérebro. Muita volúpia com pouco raciocínio. Muito dinheiro para pouca bola. Entretanto, esse futebol moderno não é marcado pelo uso do cérebro, pela velocidade do raciocínio, pela habilidade com a bola, mas sim a prática de um futebol de mercado – time, empresário, mídia, QI – Quem indica”- todos querendo um lugar ao sol : capital....capital...capital.
    Portanto, a carência da genialidade no futebol brasileiro atualmente, raríssimas exceções – indulgências a Ronaldinho Gaúcho, Alex – explica as pífias apresentações da seleção canarinho nos últimos anos. É tão crítica a situação que a mídia insiste em alienar torcedores criando gênios aspirantes do  futebol arte.
       Porque o futebol brasileiro está pedinte?
Ficamos responsáveis, deixamos de ser moleques, acabaram com o “golzinho de rua”, perdemos a alegria. O que aconteceu?
      Jamais saudosista, jamais avesso à inovação, a modernização do futebol, porém a difícil criatividade dos artistas, entedia qualquer amante da bela arte.





Brasil: Mercosul x Aliança do Pacífico

Acorda Brasil   

Fomos o país do futuro, somos o país do presente. Queremos ser o país do passado?
Um jornal norte americano em manchete no mês passado abordou: O Brasil perderá novamente a oportunidade de se tornar uma potência?
 Debilitado por políticas ideológicas no mínimo antiquadas, o país empaca e o desempenho no mercado externo sofre amargamente. O Mercosul, exemplo desse sofrimento, foi criado com a intenção de mercado comum  na América do Sul,  no entanto, apresenta-se estagnado, fato explicado por acordos políticos pífios e protecionismo de mercado, inibindo investimentos tanto de capital especulativo quanto produtivo. Claro que a negligência não é só do Brasil. A Argentina com políticas anti neoliberais está vivendo uma inflação em torno de 25% ao ano, com isso,  os investimentos externos afugentam do país.  A Venezuela- membro mais recente do bloco – com o chavismo de Nicolas Maduro vive uma obsoleta organização industrial, sobrevivendo da exportação de petróleo. Enquanto isso, assistimos nossos vizinhos do pacífico formarem uma aliança econômica, sem a presença do Brasil, Argentina e Venezuela.
Esse acordo do pacífico, é uma aliança entre quatro países: Chile, Colômbia, Peru e México. Assinado em Cali –Colômbia – o bloco econômico prevê uma zona de livre comércio, eliminando as tarifas de importação de 90%  dos produtos. O restante posteriormente será extinto gradativamente num período de sete anos. Em contrapartida o Mercosul em vinte e dois anos de conseguiu eliminar em 80% as tarifas sobre os produtos, aquele tem apenas um ano de existência.
 E ainda, muitos países aceitaram a participação como observadores da Aliança do Pacífico: Estados Unidos da América – maior interessado, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, El Salvador, Equador, Uruguai e Paraguai, relevante salientar, que este foi afastado do bloco Mercosul durante a impeachment do presidente Lugo. As repreensões ao Paraguai pelo governo brasileiro e argentino favoreceram a entrada da Venezuela no bloco.
Para o governo brasileiro, essa aliança ainda não é preocupante, alguns até trataram o fato com desdém. Entretanto especialistas preferem inferir ao assunto com precaução , haja vista, que o Paraguai e Uruguai - membros do Mercosul - foram convidados para observarem o acordo do grupo. Consequentemente pode ser um risco de isolamento econômico na América Latina aos outros participantes do Mercosul: Brasil, Argentina e Venezuela.
Além de concorrente forte, a Aliança do Pacífico pretende avançar do tradicionalismo  – exportação de commodities – para outros setores industriais. Enquanto isso, o Mercosul sofre com a burocracia, inflação,  os altos gastos públicos e a obsolescência de alguns setores industriais, prejudicando a competitividade no mercado externo.
A oportunidade para o Brasil é agora, Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas são eventos que mostrarão aos outros mercados “O quê que o Brasil tem”.
Espero que não seja só carnaval, futebol e nádegas, pois não quero viver do passado.



quarta-feira, 22 de maio de 2013

Revolução Industrial


01 -  
“Mesmo atingida pela crise internacional, a produção na China continua em crescimento e a sua economia alcança a terceira posição entre as maiores do mundo.”

A respeito da prosperidade e da franca expansão econômica da China, desde a década de 1970, considere as afirmações I, II, III e IV, abaixo.

I. O gigante asiático conta com reservas de quase 2 trilhões de dólares, graças aos seguidos superávits na balança comercial e aos investimentos estrangeiros no país.
II. Em 2007, a China chegou ao terceiro lugar entre as maiores economias do globo, à frente da Alemanha, e atrás, apenas, dos EUA e do Japão.
III. Deng Xiaoping, após a morte de Mao, sobe ao poder e lança as Quatro Grandes Modernizações (indústria, agricultura, ciência-tecnologia e forças armadas). Foram criadas as Zonas Econômicas Especiais, para atrair as empresas estrangeiras.
IV. O modelo de desenvolvimento adotado se baseia na abundância de mão de obra especializada e bem distribuída por todo o território, contando com a obtenção de subsídios estatais e com a atração de investimentos estrangeiros.

Estão corretas, apenas,

a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I, II e III.

02 - Até meados dos anos 40, estes países possuíam economias exclusivamente agrícolas. Porém, um forte investimento do Estado na educação e no setor industrial permitiu, na década de 70, que eles se tornassem grandes exportadores, elevando o seu crescimento econômico rapidamente. Essa afirmação refere-se aos:

a) países denominados Tigres Asiáticos
b) antigos países comunistas que se tornaram independentes
c) países latino-americanos pertencentes ao Cone Sul
d) países do leste europeu apenas

03 -Assinale a alternativa INCORRETA, sobre a industrialização.

a) Nunca houve na história um tipo de sociedade industrial que não fosse nomeada e produtivamente capitalista, ou seja, não há indústria em uma sociedade que não seja capitalista.
b) A industrialização se caracteriza pela produção em larga escala, localizada em estabelecimentos fabris, com uso de maquinaria e grande quantidade de mão de obra, com o objetivo de atingir um mercado consumidor.
c) A industrialização é um processo, nesse sentido se relacionam as etapas anteriores de produção, como nas manufaturas dos séculos XV, XVI e XVII, nas quais já era possível notar algumas das características da industrialização.
d) A Inglaterra é considerada uma das nações pioneiras no processo de industrialização.


4-Com o avanço do processo de globalização, a industrialização estendeu-se a vários países e regiões do mundo, levando à superação do modelo clássico da Divisão Internacional do Trabalho, em que cabiam aos países ricos a produção e a exportação de manufaturados e aos países pobres a produção e a exportação de matérias-primas. No modelo atual, há uma tendência clara de deslocamento de alguns tipos de indústrias para países periféricos, atendendo a interesses econômicos e estratégicos das grandes corporações.

São exemplos de indústrias que, no processo de desconcentração industrial, privilegiaram sua localização em alguns países periféricos da Ásia e América Latina, EXCETO:
a) indústrias de base, como as siderúrgicas, metalúrgicas ou petroquímicas, pelas vantagens locacionais oferecidas próximo às áreas produtoras das matérias-primas.
b) indústrias de bens de consumo não duráveis ou semiduráveis, como as indústrias de alimentos, bebida ou de vestuário, em virtude da elevada disponibilidade de mão-de-obra barata e da proximidade dos mercados consumidores.
c) indústrias de alta tecnologia, vinculadas a setores como a informática, telecomunicação por satélites e produtos aeroespaciais, que exigem mão-de-obra altamente qualificada e vinculação estreita com grandes centros de pesquisa e universidades.
d) indústrias de bens de consumo duráveis como móveis, eletrodomésticos e automóveis, que, apesar de destinarem-se a um mercado consumidor mais amplo, favoreceram-se de benefícios fiscais e de parcerias locais.

5 - Com o avanço do processo de globalização, a industrialização estendeu-se a vários países e regiões do mundo, levando à superação do modelo clássico da Divisão Internacional do Trabalho, em que cabiam aos países ricos a produção e a exportação de manufaturados e aos países pobres a produção e a exportação de matérias-primas. No modelo atual, há uma tendência clara de deslocamento de alguns tipos de indústrias para países periféricos, atendendo a interesses econômicos e estratégicos das grandes corporações.

São exemplos de indústrias que, no processo de desconcentração industrial, privilegiaram sua localização em alguns países periféricos da Ásia e América Latina, EXCETO:
a) indústrias de base, como as siderúrgicas, metalúrgicas ou petroquímicas, pelas vantagens locacionais oferecidas próximo às áreas produtoras das matérias-primas.
b) indústrias de bens de consumo não duráveis ou semiduráveis, como as indústrias de alimentos, bebida ou de vestuário, em virtude da elevada disponibilidade de mão-de-obra barata e da proximidade dos mercados consumidores.
c) indústrias de alta tecnologia, vinculadas a setores como a informática, telecomunicação por satélites e produtos aeroespaciais, que exigem mão-de-obra altamente qualificada e vinculação estreita com grandes centros de pesquisa e universidades.
d) indústrias de bens de consumo duráveis como móveis, eletrodomésticos e automóveis, que, apesar de destinarem-se a um mercado consumidor mais amplo, favoreceram-se de benefícios fiscais e de parcerias locais.



quarta-feira, 1 de maio de 2013

histórias e histórias

HISTÓRIAS E HISTÓRIAS
Janete Santos dos Reis[1]


            Inicio este pequeno artigo com uma simples indagação: Para que estudar História? O presidente Franklin Roosevelt, dos Estados Unidos, disse que uma nação somente conhecerá o progresso se conhecer de fato a sua História. Fica a questão: Será que nós brasileiros conhecemos a nossa História? No decorrer das linhas a seguir tire as suas conclusões.
            Um importante historiador francês, Marc Bloch, disse que a História não é feita somente de fatos, pois, estes podem ser facilmente contestados. Ele afirmou no livro “Apologia da História”, que a mesma é feita de versões, pois, pessoas diferentes (e por isso entenda-se classes diferentes) podem interpretar os fatos por ângulos diversos, o que gera as várias visões históricas.
            Em sua intepretação, Marc Bloch ainda afirma que a História é escrita “de cima para baixo”, ou seja, estudamos aquilo que a elite quer que aprendamos. José Murilo de Carvalho, um historiador brasileiro disse que estudamos a História dos vencedores e nos esquecemos da História dos vencidos. Será isso um fato? Vamos analisar tendo como exemplo a História dos africanos.
            Podemos afirmar sem sombra de dúvidas que a História estudada e aprendida em solo brasileira é euro centrista, ou seja, a História dos vencedores. Sabemos muito ou alguma coisa sobre os países europeus, mas nada sabemos sobre o Haiti ou a Guiana, nossos vizinhos, sendo que aquele foi o primeiro país da América Latina a proclamar a sua independência, sendo esta liderada por escravos.
            Em se tratando da História do Brasil estudamos fartamente como se formaram os Estados Nacionais europeus para que pudessem se organizar e em seguida nos colonizar. Na escola decoramos o nome das caravelas guiadas por Cristóvão Colombo, reescrevemos de inúmeras maneiras a carta de Pero Vaz de Caminha; sabemos que no início Portugal e Espanha disputavam as nossas terras e que também logo após os franceses quiseram entrar na briga.
            Em 322 anos de colonização aprendemos sobre a catequização dos indígenas, mas pouco valor demos à cultura do próprio índio, que raramente é citada nos livro didáticos. Aprendemos sobre as várias revoltas do período colonial e a sua economia, além de entendermos que os principais trabalhadores eram os negros escravizados. Mas nunca nos atemos de fato à cultura do negro. Ele era visto somente como escravo, e quando se fala da sua cultura, esta fica restrita à capoeira, a feijoada (que segundo alguns era um prato típico português adaptado pelos negros, e nada tem de romântico da história de se juntar os restos dos seus senhores para se alimentar) e tem também o samba, somente.
            Em 67 anos de monarquia nada mudou, somente em 1888 o negro deixou de ser escravo e foi “jogado” na sociedade, mas sem uma única política de inserção social. Os anos seguintes não caracterizaram melhorias, pois, o governo brasileiro lançou a “política do branqueamento” em que incentivava a vinda de europeus para o país, já que, “estudos” de médicos e cientistas como Nina Rodrigues mostravam que o negro era incapaz de ascensão social devido à sua inabilidade intelectual. Então até este momento da História do Brasil todos esses fatos são largamente estudados, pergunte a qualquer brasileiro com conhecimento mínimo quem foram as pessoas que “formaram” a nossa sociedade, você terá como resposta: os portugueses, alemães, italianos, citando claramente aos nações europeias, mas responderam também os negros, de modo generalizado, pois ninguém nunca se perguntou quem era esse povo e saber que eles advinham da África já é suficiente, ninguém nunca parando para pensar se tinham a mesma cultura, se falavam a mesma língua, enfim “todo negro é igual”. Só salientando, vieram de regiões diferentes, tinham cultura, língua e religião diferente.
            Ainda na Primeira República, era necessário criar os heróis nacionais, pois, a História serve à nação (entenda-se governantes), ela cria mitos, mas também pode desmistificar. E o primeiro grande herói foi Tiradentes, por quê? Primeiro ele era branco, segundo ia contra os portugueses, era a chance de desvincular de vez a ideia de monarquia da cabeça da população e consolidar a República. Só tem um pequeno problema, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, nada fez, porque a Inconfidência Mineira foram somente planos de uma “revolução” abrangente a Minas Gerais e benéfica a elite cansada de pesados impostos. A “revolução” nunca aconteceu, nunca saíram dos planos. Mas em período similar tínhamos vários outros líderes e várias revoltas, como a Revolta dos Malês na Bahia, liderada por negros, caiu no esquecimento. Ganga Zumba, grande líder do Quilombo dos Palmares, quase nunca aparece nos livros didáticos, mas também tínhamos Zumbi, este mais conhecido. Eles sim lutaram por liberdade, mas não poderiam ser postos como heróis porque eram negros, e as práticas culturais negras como capoeira e as religiões afro-brasileiras eram proibidas, sendo a sua prática punida com prisão. Assim só restava um líder branco, até então sem destaque algum na sociedade, mas que foi resgatado da morte e das profundezas do esquecimento para se tornar patrono das polícias dos estados brasileiros e representante da liberdade da nação, se esquecendo que quem mais lutou por liberdade foram os negros.
            Cronologicamente temos o governo Vargas, a redemocratização do Brasil, a Ditadura Militar e a História continua a ser contada da mesma maneira, até que aparece a nova democratização brasileira e todos os cidadãos ganham os mesmos direitos. Só tem uma outra questão: todos são de fato tratados de maneira igual?
            O negro foi escravizado por 356 anos, após o fim da escravidão a prática da sua cultura foi proibida, depois é liberada, mas o estrago cultural já havia sido feito. Durante praticamente quatro séculos ouviram dizer que a sua cor de pele era feia, seu cabelo é feio, sua cultura e religiosidade é coisa do demônio (assim pensam grande parte dos brasileiros em relação às religiões afro-brasileiras), o negro então começa a ter preconceito contra a sua própria cor e cultura, se ele não é aceito de uma forma, tentará ser através da negação das suas origens.
            Muitos irão alegar não existir preconceito racial no Brasil dizendo, “mas a cor negra é linda”, mas esquecem que esta cor está associada a coisas ruins, como escuridão, medo, cegueira, sendo assim entendida pelo subconsciente. Mas se não existe o preconceito de pele, podem afirmar não terem preconceito cultural? Se um amigo te convida para ir à um culto evangélico ou católico você vai, afinal é cristão. Se te chama para frequentar a macumba, a reação é “Deus me livre, tenho medo dessas coisas do capeta”. Afinal macumba lembra demônio, já que inconscientemente aprendemos e transmitimos essa ideia. E assim mesmo de modo generalizado, não distinguindo uma religião da outra, pois, muitos não sabem que Macumba, Umbanda e Candomblé são religiões diferentes, e por terem medo de conhecer essa cultura, se enchem de preconceitos, e afirmam estarem cobertos de razão, e se afastam.
            O povo brasileiro conhece a cultura do branco, afinal vivenciamos ela cotidianamente, é a nossa língua, a nossa crença, as nossas vestimentas, nossa música, nossa alimentação. Mas e o negro? Sempre escravo? Somente capoeira e samba? Nunca nos ofereceram nada além? Na África todos são iguais? A cultura era diferente da europeia? Como saber isso se muitos consideram estudar História da África algo carregado de preconceito, alegando não ser necessário, já que reforça uma ideia preconceituosa. Não entendo essa premissa, mas assim dizem.
            E para finalizar o artigo, respondo a última questão sobre todos terem os mesmos direitos. Segundo doutrinadores do Direito no Brasil, os desiguais devem ser tratados de modo desigual, para que num futuro próximo tenham as mesmas chances. Nessa ideia entra a Lei Maria da Penha, que sai em defesa das mulheres em uma sociedade machista, e a Lei de Cotas Raciais, sendo esta última amplamente discutida. E também a obrigatoriedade em se trabalhar em sala de aula História da África, afinal esta nunca foi estudada, assim, como ainda não o é a História do Índio.
            Assim devemos nos lembrar e conscientizar que os vencedores contam a História e nós a propagamos com respaldo e preconceitos. 21 de abril, feriado nacional, a felicidade do povo em descansar em memória a alguém que nada fez. 19 de abril, poucos se lembram e nem feriado é, afinal, o que o índio tem ou fez de importante? 13 de maio, a data que marcou o fim da escravidão no Brasil, não entra na pauta dos feriados e por muitos nem é lembrado, pois, eles eram os vencidos e não devem ser homenageados.
            A igualdade é uma utopia, pois todos devem ser tratados nas suas especificidades, até que as desigualdades latentes transparareçam. Por isso existem leis de proteção ao deficiente físico e mental, ao idoso, à mulher, à criança, e também leis que punem a discriminação e o racismo, essas últimas dependendo da compreensão do legislador.
            Então ensinar História da África, ou do negro como alguns falam, é relevante para que desmistifique a demonização da cultura afro-brasileira, pois, por mais que uns neguem esse preconceito é perpetrado, ainda que inconsciente.



[1] Graduada em História e pós-graduada em Ciências da Religião pela Universidade Estadual de Montes Claros/UNIMONTES.  obs...Minha irmã que eu amo...