Um raio-X da Coreia do Norte
“Um país problema”. Essa ideia é difundida pelos
norte-americanos quando se referem à Coreia do Norte. Pois o país asiático é
acusado constantemente pelo “tio Sam”, como uma nação detentora de ogivas
nucleares, com intenções maléficas de
produzirem uma bomba atômica.
No entanto, quem
é a Coreia do Norte?
Localizada na metade boreal da Península da
Coreia, no oriente asiático, a Coreia do Norte é caracterizada por cinturões
orogênicos, divididos por formações em vales estreitos e profundos.
Apresentando florestas densas cobrindo cerca de dois terços do país. O topônimo Coreia deriva-se de Koryo,
"alto e belo”, referente ao relevo e a beleza natural da nação.
No século XX, foi o período primordial para a
configuração política do país. Com a
intenção de expandir seu território, os japoneses fizeram península da Coreia seu protetorado.
Entretanto com a derrota nipônica na
Segunda Guerra Mundial, a Coreia estava com
a oportunidade de consolidar sua independência.
Mas a partir de 1945 inicia um novo cenário de
influências no leste asiático. Durante a
Guerra Fria com o apoio dos soviéticos, o norte se separou do sul, recusando a
cooperação com a ONU – Organização das Nações Unidas, passando a se chamar República Democrática Popular
da Coreia, chefiada pelo primeiro ministro Kim Il Sung.
Com isso, incentivados pela URSS – União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas -, os norte coreanos invadiram a península do
sul em 1950 na tentativa de unificar a
península sob o regime comunista, desencadeando a “Guerra da Coreia”
(1950-1953), culminando com a divisão das
Coreias: ao norte Coreia socialista e ao
sul a Coreia capitalista. Em 1953 foi assinado o armistício definindo o paralelo 38 como a zona desmilitarizada Coreia. Esta área ainda é palco de tensões
entre as duas coreias.
Passado seis décadas de independência, a Coreia
do Norte teve poucos presidentes: Kim Il Sung até 1994, depois seu filho Kim
Jong-il falecido em 2011 devido a um ataque cardíaco. Após a morte do pai, Kim Jong-Un foi nomeado como novo líder do país. Não
obstante lembrar, que o governo exerce uma política unipartidária e é
considerado como uma autocracia, ou ditadura comunista totalitária.
Com quase vinte e cinco milhões de habitantes, o
país é constituído por 99% de coreanos, o restante é de japoneses e chineses.
Segundo pesquisas do governo, 70% da população não professa nenhuma religião. Os
outros 30% seguem crenças asiáticas – budismo – e alguns grupos cristãos de
protestantes, católicos e ortodoxos.
A sua população sofre com a fome, pois a maior
parte dos alimentos é direcionada ao exercito. Devido à falta de recursos, o
governo permite a ajuda de ONGS – Organizações Não Governamentais, claro que,
com fiscalização constante do
exército.
Por que um país pobre, miserável como a Coreia do
Norte, tem atitudes tão preocupantes para a sociedade global?
Seria a
omissão de chineses e soviéticos?
Seria o desejo de unificação das coreias?
Seria um revanchismo aos japoneses?
Seria uma afronta aos Estados Unidos da América?
Os questionamentos são relevantes para análises e
compreensões. Portanto, espero que as perguntas anteriores o leve a refletir
sobre causas e efeitos das atitudes norte-coreanas. Talvez um próximo texto
responda as indagações.