EJAES pode ser pior que o Tchu-tcha-tcha
Neste mês de agosto, o
Senado aprovou Projeto de Lei prevendo que 50% das vagas nas universidades federais sejam
reservadas para alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas,
aglutinando assim a divisão das vagas por cotas sociais e raciais. Agora, a
proposta que é de autoria da deputada federal Nice Lobão (PSD – MA), irá para a
presidenta Dilma Rousseff, que provavelmente sancionará a lei, pois a nossa excelentíssima
é entusiasta do projeto.
Dessa percentagem, metade será destinada aos alunos de escola pública com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa. Paralelo a esse processo, serão também aplicados critérios raciais para os 25% das vagas da instituição de ensino. De acordo o projeto, não importa a renda per capita do aluno, aqueles autodeclarados negros, indígenas e pardos terão cotas inerentes ao valor numérico desse grupo de pessoas no Estado de localização da universidade, obedecendo aos dados do censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, se não for preenchido as cotas raciais, o restante pode ser ocupada pelos estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública.
Com a sanção da presidente, a lei poderá vigorar no ENEM deste ano. As instituições de ensino terão quatro anos para se adequarem ao sistema de cotas. Não obstante inferir, que o projeto será analisado novamente daqui uma década. O objetivo da análise é averiguar os resultados e discutir a permanência ou não do processo de inclusão tanto social quanto racial.
Apesar da polêmica, o projeto visa uma reparação histórica em nosso país, que é marcado por desigualdades, injustiças, explorações e indiferenças. Uma nação sempre controlada por oligarquias manipuladoras da massa populacional. Talvez não seja essa, a forma de inclusão ideal para resolver um problema de séculos.
Mas para a política nacional é um artifício utilizado como resposta às indagações de críticos, questionadores da desproporcionalidade social do país. Esse sistema de cotas pode não ser o correto, todavia, já será um ganho para a sociedade brasileira, pois promoverá a qualificação de mão de obra àqueles chamados “excluídos”, argumento utilizado por alguns estudiosos e parlamentares, defensores do projeto.
Mesmo discordando da ideia de cotas, compreendo a necessidade em igualar oportunidades. Nesse caso, quaisquer investimentos educacionais demonstra a preocupação do país com as diferenças inerentes aos vários aspectos – social, racial-, de minorias a mercê do sistema desenvolvimentista.
O não comungar com o sistema cotista é acreditar que tal processo oculte a realidade educacional do Brasil. O Estado pode estar “mascarando” uma situação alarmante decorrente dos problemas enfrentados nas séries iniciais. Portanto, enquanto preocupam com o teto da educação – Ensino Superior -, o alicerce da mesma – Ensino Básico – encontra-se abandonado pelo governo. A base educacional está carente de infraestrutura, valorização e qualificação dos profissionais, adequação às inovações tecnológicas, trabalhar o aspecto social – comunidade e escola – e instituição do ensino integral – disciplina escolar e cursos profissionalizantes.
Então, sendo oriundo de escola pública e hoje educador, fico preocupado com a aprovação desse projeto, pois ele pode se tornar um mecanismo eleitoreiro e ainda contribuir para reduzir a qualidade do Ensino Superior que já é defasado.
Talvez estejamos perdendo a oportunidade de nos tornarmos uma nação bem educada, com a maior parte da população alfabetizada, repito a-l-f-a-b-e-t-i-z-a-d-a, pois hoje somos a sexta maior economia do planeta, o PIB (Produto Interno Bruto) de país desenvolvido, ou seja, somos uma nação rica. Porém temos alguns milhões de brasileiros com diploma do segundo e terceiro graus em mãos, que não têm a mínima capacidade de ler e interpretar um texto, são os chamados analfabetos funcionais.
Está explicado o sucesso do Tchu-tcha-tcha.
Vamos transformar o nosso Ensino Superior em EJAES (Educação de Jovens e Adultos no Ensino Superior)?
Dessa percentagem, metade será destinada aos alunos de escola pública com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa. Paralelo a esse processo, serão também aplicados critérios raciais para os 25% das vagas da instituição de ensino. De acordo o projeto, não importa a renda per capita do aluno, aqueles autodeclarados negros, indígenas e pardos terão cotas inerentes ao valor numérico desse grupo de pessoas no Estado de localização da universidade, obedecendo aos dados do censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, se não for preenchido as cotas raciais, o restante pode ser ocupada pelos estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública.
Com a sanção da presidente, a lei poderá vigorar no ENEM deste ano. As instituições de ensino terão quatro anos para se adequarem ao sistema de cotas. Não obstante inferir, que o projeto será analisado novamente daqui uma década. O objetivo da análise é averiguar os resultados e discutir a permanência ou não do processo de inclusão tanto social quanto racial.
Apesar da polêmica, o projeto visa uma reparação histórica em nosso país, que é marcado por desigualdades, injustiças, explorações e indiferenças. Uma nação sempre controlada por oligarquias manipuladoras da massa populacional. Talvez não seja essa, a forma de inclusão ideal para resolver um problema de séculos.
Mas para a política nacional é um artifício utilizado como resposta às indagações de críticos, questionadores da desproporcionalidade social do país. Esse sistema de cotas pode não ser o correto, todavia, já será um ganho para a sociedade brasileira, pois promoverá a qualificação de mão de obra àqueles chamados “excluídos”, argumento utilizado por alguns estudiosos e parlamentares, defensores do projeto.
Mesmo discordando da ideia de cotas, compreendo a necessidade em igualar oportunidades. Nesse caso, quaisquer investimentos educacionais demonstra a preocupação do país com as diferenças inerentes aos vários aspectos – social, racial-, de minorias a mercê do sistema desenvolvimentista.
O não comungar com o sistema cotista é acreditar que tal processo oculte a realidade educacional do Brasil. O Estado pode estar “mascarando” uma situação alarmante decorrente dos problemas enfrentados nas séries iniciais. Portanto, enquanto preocupam com o teto da educação – Ensino Superior -, o alicerce da mesma – Ensino Básico – encontra-se abandonado pelo governo. A base educacional está carente de infraestrutura, valorização e qualificação dos profissionais, adequação às inovações tecnológicas, trabalhar o aspecto social – comunidade e escola – e instituição do ensino integral – disciplina escolar e cursos profissionalizantes.
Então, sendo oriundo de escola pública e hoje educador, fico preocupado com a aprovação desse projeto, pois ele pode se tornar um mecanismo eleitoreiro e ainda contribuir para reduzir a qualidade do Ensino Superior que já é defasado.
Talvez estejamos perdendo a oportunidade de nos tornarmos uma nação bem educada, com a maior parte da população alfabetizada, repito a-l-f-a-b-e-t-i-z-a-d-a, pois hoje somos a sexta maior economia do planeta, o PIB (Produto Interno Bruto) de país desenvolvido, ou seja, somos uma nação rica. Porém temos alguns milhões de brasileiros com diploma do segundo e terceiro graus em mãos, que não têm a mínima capacidade de ler e interpretar um texto, são os chamados analfabetos funcionais.
Está explicado o sucesso do Tchu-tcha-tcha.
Vamos transformar o nosso Ensino Superior em EJAES (Educação de Jovens e Adultos no Ensino Superior)?