quinta-feira, 23 de agosto de 2012

tchu-tcha-tcha


                                           EJAES pode ser pior que o Tchu-tcha-tcha

Neste mês de agosto, o Senado aprovou Projeto de Lei prevendo que  50% das vagas nas universidades federais sejam reservadas para alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas, aglutinando assim a divisão das vagas por cotas sociais e raciais. Agora, a proposta que é de autoria da deputada federal Nice Lobão (PSD – MA), irá para a presidenta Dilma Rousseff, que provavelmente sancionará a lei, pois a nossa excelentíssima é entusiasta do projeto.

Dessa percentagem, metade será destinada aos alunos de escola pública com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa. Paralelo a esse processo, serão também aplicados critérios raciais para os 25% das vagas da instituição de ensino. De acordo o projeto, não importa a renda per capita do aluno, aqueles autodeclarados negros, indígenas e pardos terão cotas inerentes ao valor numérico desse grupo de pessoas no Estado de localização da universidade, obedecendo aos dados do censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Entretanto, se não for preenchido as cotas raciais, o restante pode ser ocupada pelos estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública.

Com a sanção da presidente, a lei poderá vigorar no ENEM deste ano. As instituições de ensino terão quatro anos para se adequarem ao sistema de cotas. Não obstante inferir, que o projeto será analisado novamente daqui uma década. O objetivo da análise é averiguar os resultados e discutir a permanência ou não do processo de inclusão tanto social quanto racial.

Apesar da polêmica, o projeto visa uma reparação histórica em nosso país, que é marcado  por desigualdades, injustiças, explorações e indiferenças. Uma nação sempre controlada por oligarquias manipuladoras da massa populacional. Talvez não seja essa, a forma de inclusão ideal para resolver um problema de séculos.

Mas para a política nacional é um artifício utilizado como resposta às indagações de críticos, questionadores da desproporcionalidade social do país. Esse sistema de cotas pode não ser o correto, todavia, já será um ganho para a sociedade brasileira, pois promoverá a qualificação de mão de obra àqueles chamados “excluídos”, argumento utilizado por alguns estudiosos e parlamentares, defensores do projeto.

 Mesmo discordando da ideia de cotas, compreendo a necessidade em igualar oportunidades. Nesse caso,  quaisquer investimentos educacionais demonstra a preocupação do país com as diferenças inerentes aos vários aspectos – social, racial-, de minorias a mercê do sistema desenvolvimentista.

O não comungar com o sistema cotista é acreditar que tal processo oculte a realidade educacional do Brasil. O Estado pode estar “mascarando” uma situação alarmante decorrente dos problemas enfrentados nas séries iniciais. Portanto, enquanto preocupam com o teto da educação – Ensino Superior -, o alicerce da mesma – Ensino Básico – encontra-se abandonado pelo governo. A base educacional  está carente de infraestrutura, valorização e qualificação dos profissionais, adequação às inovações tecnológicas, trabalhar o aspecto social – comunidade e escola – e instituição do ensino integral – disciplina escolar e cursos profissionalizantes.

Então, sendo oriundo de escola pública e hoje educador, fico preocupado com a aprovação desse projeto, pois ele pode se tornar um mecanismo eleitoreiro e ainda contribuir  para reduzir a qualidade do Ensino Superior que já é defasado.

Talvez estejamos perdendo a oportunidade de nos tornarmos uma nação bem educada, com a maior parte da população alfabetizada, repito a-l-f-a-b-e-t-i-z-a-d-a, pois hoje somos a sexta maior economia do planeta, o PIB (Produto Interno Bruto) de país desenvolvido, ou seja, somos uma nação rica. Porém temos alguns milhões de brasileiros com diploma do segundo e terceiro graus em mãos, que não têm a mínima capacidade de ler e interpretar um texto, são os chamados analfabetos funcionais.  

Está explicado o sucesso do Tchu-tcha-tcha.

Vamos transformar o nosso Ensino Superior em EJAES (Educação de Jovens e Adultos no Ensino Superior)?

atividade geografia


1. A atmosfera terrestre é composta pelos gases nitrogênio (N2) e oxigênio (O2), que somam cerca de 99%, e por gases traços, entre eles o gás carbônico (CO2), vapor de água (H2O), metano (CH4), ozônio (O3) e o óxido nitroso (N2O), que compõem o restante 1% do ar que respiramos. Os gases traços, por serem constituídos por pelo menos três átomos, conseguem absorver o calor irradiado pela Terra, aquecendo o planeta. Esse fenômeno, que acontece há bilhões de anos, é chamado de efeito estufa. A partir da Revolução Industrial (século XIX), a concentração de gases traços na atmosfera, em particular o CO2, tem aumentado significativamente, o que resultou no aumento da temperatura em escala global. Mais recentemente, outro fator tornou-se diretamente envolvido no aumento da concentração de CO2 na atmosfera: o desmatamento.

BROWN, I. F.; ALECHANDRE, A. S. Conceitos básicos sobre clima, carbono, florestas e comunidades. A.G. Moreira & S. Schwartzman. As mudanças climáticas globais e os  ecossistemas brasileiros. Brasília: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, 2000 (adaptado).

Considerando o texto, uma alternativa viável para combater o efeito estufa é
a)  reduzir o calor irradiado pela Terra mediante a substituição da produção primária pela industrialização refrigerada.
b) promover a queima da biomassa vegetal, responsável pelo aumento do efeito estufa devido à produção de  CH4.
c) reduzir o desmatamento, mantendo-se, assim, o potencial da vegetação em absorver o CO2 da atmosfera.
d) aumentar a concentração atmosférica de H2O, molécula capaz de absorver grande quantidade de calor.
e) remover moléculas orgânicas polares da atmosfera, diminuindo a capacidade delas de reter calor.


 

2. A economia moderna depende da disponibilidade de muita energia em diferentes formas, para funcionar e crescer. No Brasil, o consumo total de energia pelas indústrias cresceu mais de quatro vezes no período entre
1970 e 2005. Enquanto os investimentos em energias limpas e renováveis, como solar e eólica, ainda são
incipientes, ao se avaliar a possibilidade de instalação de usinas geradoras de energia elétrica, diversos fatores
devem ser levados em consideração, tais como os impactos causados ao ambiente e às populações locais.


RICARDO, B.; CAMPANILI, M. Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2007 (adaptado).

Em uma situação hipotética, optou-se por construir uma usina hidrelétrica em região que abrange diversas quedas d’água em rios cercados por mata, alegando-se que causaria impacto ambiental muito menor que uma usina termelétrica. Entre os possíveis impactos da instalação de uma usina hidrelétrica nessa região inclui-se

a)  a poluição da água por metais da usina.
b) a destruição do habitat de animais terrestres.
c) o aumento expressivo na liberação de CO2 para a atmosfera.
d) o consumo não renovável de toda água que passa pelas turbinas.
e) o aprofundamento no leito do rio, com a menor deposição de resíduos no trecho de rio anterior à represa


3. A abertura e a pavimentação de rodovias em zonas rurais e regiões afastadas dos centros urbanos, por um lado, possibilita melhor acesso e maior integração entre as comunidades, contribuindo com o desenvolvimento social e urbano de populações isoladas. Por outro lado, a construção de rodovias pode trazer impactos indesejáveis ao meio ambiente, visto que a abertura de estradas pode resultar na fragmentação de habitats, comprometendo o fluxo gênico e as interações entre espécies silvestres, além de prejudicar o fluxo natural de rios e riachos,  possibilitar o ingresso de espécies exóticas em ambientes naturais e aumentar a pressão antrópica sobre os ecossistemas nativos.

BARBOSA, N. P. U.; FERNANDES, G. W. A destruição do jardim. Scientific American Brasil. Ano 7, número 80, dez. 2008 (adaptado).

Nesse contexto, para conciliar os interesses aparentemente contraditórios entre o progresso social
e urbano e a conservação do meio ambiente, seria razoável


a) impedir a abertura e a pavimentação de rodovias em áreas rurais e em regiões preservadas, pois a qualidade de vida e as tecnologias encontradas nos centros urbanos são prescindíveis às populações rurais.
b) impedir a abertura e a pavimentação de rodovias em áreas rurais e em regiões preservadas, promovendo a migração das populações rurais para os centros urbanos, onde a qualidade de vida é melhor.
c) permitir a abertura e a pavimentação de rodovias apenas em áreas rurais produtivas, haja vista que nas demais áreas o retorno financeiro necessário para produzir uma melhoria na qualidade de vida da região não é garantido.
d) permitir a abertura e a pavimentação de rodovias, desde que comprovada a sua real necessidade e após a realização de estudos que demonstrem ser possível contornar ou compensar seus impactos ambientais.
e) permitir a abertura e a pavimentação de rodovias, haja vista que os impactos ao meio ambiente são temporários e podem ser facilmente revertidos com as tecnologias existentes para recuperação de áreas degradadas.


4. A eficiência de um processo de conversão de energia é definida como a razão entre a produção de energia ou
trabalho útil e o total de entrada de energia no processo. A figura mostra um processo com diversas etapas. Nesse caso, a eficiência geral será igual ao produto das eficiências das etapas individuais. A entrada de energia que não se transforma em trabalho útil é perdida sob formas não utilizáveis (como resíduos de calor).



Aumentar a eficiência dos processos de conversão de energia implica economizar recursos e combustíveis. Das propostas seguintes, qual resultará em maior aumento da eficiência geral do processo?

a) Aumentar a quantidade de combustível para queima na usina de força.
b) Utilizar lâmpadas incandescentes, que geram pouco calor e muita luminosidade.
c) Manter o menor número possível de aparelhos elétricos em funcionamento nas moradias.
d) Utilizar cabos com menor diâmetro nas linhas de transmissão a fim de economizar o material condutor.
e) Utilizar materiais com melhores propriedades condutoras nas linhas de transmissão e lâmpadas fluorescentes nas moradias.


5. Umidade relativa do ar é o termo usado para descrever a quantidade de vapor de água contido na atmosfera. Ela é definida pela razão entre o conteúdo real de umidade de uma parcela de ar e a quantidade de umidade que a mesma parcela de ar pode armazenar na mesma temperatura e pressão quando está saturada de vapor, isto é, com 100% de umidade relativa. 

Considerando-se as informações do texto, conclui-se que

a) a insolação é um fator que provoca variação da umidade relativa do ar.
b) o ar vai adquirindo maior quantidade de vapor de água à medida que se aquece.
c) a presença de umidade relativa do ar é diretamente proporcional à temperatura do ar.
d) a umidade relativa do ar indica, em termos absolutos, a quantidade de vapor de água existente na atmosfera.
e) a variação da umidade do ar se verifica no verão, e não no inverno, quando as temperaturas são menores.


1 – c, 2 – b, 3- d, 4 – e, 5 - a

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Geografia - Energia



01- (UFPE) “Os recursos energéticos constituem um importante subsídio à expansão do capital, integrando o capital constante circulante. Nesse sentido, constituem ingredientes centrais da geoeconomia e da geopolítica do capitalismo contemporâneo. O petróleo representa papel proeminente dentro dessa matriz energética mundial, estando sempre em questão a ampliação do consumo e a capacidade de suporte das reservas petrolíferas existentes. A localização das suas principais reservas e estruturas de escoamento em áreas de instabilidade política, bem como o fator concorrencial desafiam pesquisas e estudos acerca do descobrimento e ou desenvolvimento de outras fontes alternativas de energia”.

(LINS, Hoyêdo N. Geoeconomia e geopolítica dos recursos energéticos na primeira década do século XXI)

Sobre as questões tratadas no texto, é correto afirmar que:
( ) as principais reservas de petróleo se encontram localizadas no Oriente Médio, em especial no Golfo Pérsico. Esse fato vincula a Guerra do Golfo em 1990 com a energia, a geoeconomia, a geopolítica e a guerra no cenário mundial.
( ) a atualidade registra mudanças na espacialidade da acumulação de riqueza global, especialmente com o desempenho econômico da Índia e da China; isso repercute no aumento e na intensificação de consumo de recursos energéticos.
( ) o petróleo brasileiro da camada "pré-sal", fonte de intensas pesquisas geológicas, foi originado de materiais orgânicos depositados no subsolo oceânico, em terrenos magmáticos, ricos em hidrocarbonetos. Essa reserva de petróleo vai tornar o país autossuficiente em petróleo e gás natural.
( ) a justificativa para o predomínio da matriz energética contemporânea remete ao fato de que ela não exige uma ampla e complexa infraestrutura, tampouco articulações de interesses diversos.
( ) a Rússia exerce historicamente grande controle sobre as rotas de exportação dos recursos energéticos produzidos na Eurásia (Região do Cáucaso e Ásia Central), uma vez que partes do seu território funcionam como corredores em relação a ex-repúblicas soviéticas, tradicionais espaços de influência russa.

02 -  (UEL) A força das águas tem viabilizado a construção de usinas hidrelétricas de grande porte no Brasil, sendo Itaipu um exemplo.
Com base nos conhecimentos sobre o desenvolvimento e a questão socioambiental, considere as afirmativas a seguir.

I. A retirada das populações das áreas atingidas por construção de hidrelétricas tem produzido impactos sociais, como o desenraizamento cultural.
II. Itaipu é um exemplo da prioridade dada à preservação dos hábitats naturais no projeto nacional-desenvolvimentista defendido pelos militares pós-64.
III. As incertezas sobre os impactos ambientais com a construção de usinas hidrelétricas trouxeram, por desdobramento, a formação de movimentos dos atingidos pelas barragens.
IV. A construção de hidrelétricas liga-se, também, à preocupação com a crise energética mundial prevista para as próximas décadas.

Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são correta
d) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

03- (UFRN) Um empresário deseja instalar uma indústria no Brasil, em uma localidade produtora de energia renovável e limpa. Avaliadas as condições geográficas das regiões brasileiras, o empresário escolheu estabelecer sua empresa no Nordeste, porque esta é a região que

a) possui a maior quantidade de usinas hidrelétricas instaladas.
b) possui a maior capacidade instalada de energia eólica.
c) se destaca como principal produtora de energia a partir da biomassa.
d) se destaca pelo maior número de usinas termoelétricas em funcionamento.

05 - (FGV-SP) A energia eólica passou a ser utilizada de forma sistemática para produção de eletricidade a partir da década de 1970, na Europa e depois nos Estados Unidos . No Brasil, essa energia

a) apresenta um forte potencial no litoral nordestino.
b) é largamente concentrada na Amazônia.
c) representa cerca de 10% da matriz energética.
d) tem maior produção concentrada no Sudeste.



06 - (ESPM) Observe a matéria que trata de uma das mais pretensiosas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e que esbarra no dilema desenvolvimento-preservação ambiental:
Belo Monte será a segunda maior usina do País e a terceira maior do mundo, depois de Itaipu e de Três Gargantas, na China. O projeto da hidrelétrica começou a ser desenvolvido nos anos 80 e foi reformulado várias vezes. Em 2001 a Justiça Federal proibiu o Ibama de emitir o relatório de impacto ambiental da obra, frustrando a intenção do governo de licitar a usina em 2002. Ainda hoje o projeto enfrenta resistências de ambientalistas e do Ministério Público.

(www.estadão.com.br - acesso em 05/02/10)

Qual região se refere:

a) Região Sul b) Região Norte c) Região Centro-Oeste d) Região Sudeste