sábado, 16 de junho de 2012

robôs consumidores?





A espécie humana em alerta




A mundialização comercial é caracterizada por transformações políticas, econômicas e sociais, no entanto, não se pode avaliar a globalização econômica apenas por esses métodos. Seria um equívoco analisar somente por dados estatísticos e situações específicas, ou seja, haveria um risco de tecnicismo.
Avaliar as mudanças em um âmbito planetário, é compreender o ser humano como vítima desta aldeia global, sendo influenciado por comportamentos, que através de um processo de aculturação podem até alterar personalidades.
Todos os valores políticos, sociais, éticos e científicos sofreram e sofrem mudanças por esse mercado globalizado. Nessa interação diversificada de interesses entre nações, um fato chama a atenção: o processo de automação – utilização de tecnologias de informação e comunicação, ou seja, tics e à robótica – introduzido nas indústrias.
Nos países centrais, por exemplo, as empresas tiveram benefícios com a automação, pois com a introdução das tics e à robótica, o sistema produtivo foi alterado,  principalmente o automobilístico. Para se ter uma ideia, na década de 70, indústrias nipônicas de automóveis com 500 mil trabalhadores produziam 2,5 milhões de veículos. Após dez anos, a produção quadruplicou mantendo o mesmo número de funcionários.
Na era da tecnologia, os robôs são exemplos de rapidez, qualidade e padronização, promovendo agilidade na organização produtiva. A quantidade de robôs no mundo aumentou consideravelmente, valor próximo a 90 mil máquinas anualmente, segundo relatório das Organizações das Nações Unidas.
A utilização desses novos processos tecnológicos elevaram a produtividade industrial. No entanto, essa mesma produtividade exorbitante do mercado industrial, suscitou um problema preocupante:  E o  trabalho humano?
Alguns pesquisadores atuais abordam a situação mundial do mercado de trabalho. Analisam as transformações geradas pelo uso dos robôs nas fábricas. E as previsões não são boas para o emprego convencional, pois o mercado é cada vez mais exigente e seletivo, procurando por qualidade e não quantidade.
A verdade é que, as máquinas produzem muito mais com poucos trabalhadores. A rapidez e precisão dos robôs possibilitam  um uso menor de mão de obra.
E ainda, apesar do alto custo, a empresa disponibiliza recursos para compra da máquina só uma vez, enquanto os trabalhadores paga-se mensalmente. E mais, elas não pedem férias, não reclamam do trabalho, não tiram atestado, não necessitam de folga.
Sabemos que a concorrência da robótica com o trabalho humano é desleal. Entretanto, é relevante aos empresários compreenderem que, quem consome é o trabalhador e não a máquina, então é necessário ter trabalho remunerado para que se tenha mercado consumidor.
Por enquanto só temos robôs trabalhadores. Ainda não criaram robôs consumidores...ainda.
Seria o alerta vermelho para a espécie humana?