sexta-feira, 28 de junho de 2013

manifestações


José, o Brasil acordou e agora?

“Deitado eternamente em berço esplendido”, jamais...  o país acordou.

Esse verso entre aspas é o que inicia a segunda parte do nosso hino nacional, tão cantado nas últimas semanas em nosso país. Motivação advinda das manifestações difundidas em todo o território nacional e até em outras nações – Estados Unidos, Canadá, Japão, dentre outros. Entretanto, a atenção dada a essa frase do nosso hino foi derivada da fala de um senhor de setenta anos ao referir-se a sua participação nos protestos. Eufórico com toda a circunstância, ele não titubeava em enfatizar a relevância da participação popular nas mudanças políticas de uma sociedade.

E agora, José? O Brasil acordou...

Crianças, jovens e idosos, todos por um objetivo: um Brasil melhor. As ruas antes ornamentadas para eventos esportivos – futebol -, hoje têm como adereços cartazes indagadores das políticas sociais, das polêmicas emendas constitucionais, dos gastos com o mundial de futebol, corrupção, reforma política, infraestrutura, segurança, e outros pormenores, ou seja, a nação questiona o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, todos querem mudança e já.

E agora, José? O Brasil acordou...

Políticos pressionados, imprensa participativa, polícia ostensiva, rodovias interditadas, caras pintadas, mobilização nacional. Em duas semanas de protestos, percebe-se um Brasil aceso para o futuro, resolvendo claro o presente. Do menos ao mais letrado, do bar aos centros universitários a discussão unifica: O país precisa melhorar. Pois é, a população sempre taxada de passiva, agora vai as ruas para mostrar ao mundo que não somos só futebol, carnaval e nádegas.

José, o Brasil acordou, e agora?

Agora é o momento de convergir para uma menor desigualdade, para uma reestruturação educacional, uma competência política, uma saúde de verdade, menos impunidade. Portanto, não queremos que se omita ao nosso hino:

Ser “gigante pela própria natureza”.