Ao novo papa: boa sorte
Este
mês de fevereiro um sentimento de frustração e tristeza assolou a população do
mundo, principalmente, os religiosos católicos, pois com a renúncia do papa
Bento XVI, muitas foram às perguntas para a atitude do pontífice.
Seria as transformações do mundo pós
moderno?
Seria
a senilidade, fato debilitante de sua saúde?
Seria
o tradicionalismo e complexidade das políticas internas da Igreja?
Essas
perguntas ainda sem respostas intrigam fiéis do mundo inteiro, principalmente
pelas circunstâncias do fato, pois o último papa que abdicou do poder foi há 500 anos.
Ao
visualizar a imagem do sacerdote Ratzinger pelos meios de comunicação ficou visível o seu cansaço, a sua inexatidão nas
palavras, o olhar vazio de um senhor perdido em um emaranhado de “teias”
esmagadora e principalmente inibidora dos atos de um forte clero.
Diferentemente de renúncias
anteriores, esta é perceptível um desgaste das relações políticas, econômicas,
midiáticas e porque não, até mesmo de religiosidade da Igreja com os seus
fiéis, já aquelas relacionaram ao processo histórico muito mais político que
qualquer outro fato.
Este novíssimo mundo, pautado na
fluidez cada vez mais acelerada das informações e da efemeridade
comportamental, promoveu um desafio a Igreja Católica:
A Igreja deve adaptar ao sistema
econômico-político vigente na sociedade para angariar mais fiéis?
Sabemos que a energia da Igreja está
em seus fiéis e hoje através de dados da própria Igreja Católica percebe-se a
perda crescente de adeptos, principalmente, na Europa e América, ícones do
catolicismo.
O sistema de inovações tecnológicas
– email, facebook, twitter – e muitos outros são instrumentos que podem
recuperar e até conquistar novos adoradores, no entanto, é necessário uma
autoavaliação de toda a “cadeia religiosa” que compõem atualmente a Igreja
Católica, a começar pela escolha do novo papa.
Será privilegiar ao senil – Europa e
América – ou buscar pelo novo – Ásia, África-?
Cabe ao conclave sacerdócio a missão de escolha do
novo papa. A responsabilidade é enorme para com o futuro da Igreja.
Ao
escolhido a carga é maior ainda, por isso, ao intervir em assuntos polêmicos:
casamento gay, células tronco, conflitos políticos e religiosos e outros, o
mesmo deve ser cuidadoso ao expressar a opinião da Igreja, pois as
consequências podem ser calamitosas para a Instituição religiosa.
Quanto
às perguntas abordadas no texto, só o tempo nos trará a resposta.
O
certo é, o papa não é mais “pop” e a Igreja para muitos não é mais “dona da
verdade”.
Ao
novo papa, boa sorte.