domingo, 24 de fevereiro de 2013

papa


Ao novo papa: boa sorte

 

Este mês de fevereiro um sentimento de frustração e tristeza assolou a população do mundo, principalmente, os religiosos católicos, pois com a renúncia do papa Bento XVI, muitas foram às perguntas para a atitude do pontífice.

Seria as transformações do mundo pós moderno?

Seria a senilidade, fato debilitante de sua saúde?

Seria o tradicionalismo e complexidade das políticas internas da Igreja?

Essas perguntas ainda sem respostas intrigam fiéis do mundo inteiro, principalmente pelas circunstâncias do fato, pois o último papa que abdicou do poder  foi há 500 anos.

Ao visualizar a imagem do sacerdote Ratzinger pelos meios de comunicação ficou  visível o seu cansaço, a sua inexatidão nas palavras, o olhar vazio de um senhor perdido em um emaranhado de “teias” esmagadora e principalmente inibidora dos atos de um forte clero.

            Diferentemente de renúncias anteriores, esta é perceptível um desgaste das relações políticas, econômicas, midiáticas e porque não, até mesmo de religiosidade da Igreja com os seus fiéis, já aquelas relacionaram ao processo histórico muito mais político que qualquer outro fato.

            Este novíssimo mundo, pautado na fluidez cada vez mais acelerada das informações e da efemeridade comportamental, promoveu um desafio a Igreja Católica:

            A Igreja deve adaptar ao sistema econômico-político vigente na sociedade para angariar mais fiéis?

            Sabemos que a energia da Igreja está em seus fiéis e hoje através de dados da própria Igreja Católica percebe-se a perda crescente de adeptos, principalmente, na Europa e América, ícones do catolicismo.

            O sistema de inovações tecnológicas – email, facebook, twitter – e muitos outros são instrumentos que podem recuperar e até conquistar novos adoradores, no entanto, é necessário uma autoavaliação de toda a “cadeia religiosa” que compõem atualmente a Igreja Católica, a começar pela escolha do novo papa.

            Será privilegiar ao senil – Europa e América – ou buscar pelo novo – Ásia, África-?

            Cabe ao  conclave sacerdócio a missão de escolha do novo papa. A responsabilidade é enorme para com o futuro da Igreja.

Ao escolhido a carga é maior ainda, por isso, ao intervir em assuntos polêmicos: casamento gay, células tronco, conflitos políticos e religiosos e outros, o mesmo deve ser cuidadoso ao expressar a opinião da Igreja, pois as consequências podem ser calamitosas para a Instituição religiosa.

Quanto às perguntas abordadas no texto, só o tempo nos trará a resposta.

O certo é, o papa não é mais “pop” e a Igreja para muitos não é mais “dona da verdade”.

Ao novo papa, boa sorte.

5 comentários:

  1. A renúncia no papado é um verdadeiro baque para todos, é verdade (apenas 5 papas em toda a história da Igreja - Bento IX, Gregório VI, Celestino V, Gregório XII e Bento XVI - renunciaram) A renúncia de Bento XVI estará valendo só a partir de depois de amanhã (28 fev 2013), porém já sabemos do papa vigente já está a trabalho. Ninguém nunca teve provas concretas sobre a senilidade de Bento XVI, foram apenas deduções, então por que ele não continua a dirigir a Igreja até o próximo papa assumir?

    Portanto, sabemos que há algo de muito podre por trás de tudo.

    Boa sorte mesmo. O próximo papa vai precisar.

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  2. Separar do anel de Pedro pode! Mas da esposa não? Hum... a SICAR (Santa Igreja Católica Apostólica Romana), ante a renúncia de Bento XVI, abre espaço para muitos questionamentos, inclusive o da importância de um Papa para um mundo cada vez mais deísta ou ateu... é escândalo financeiro, é pedofilia, é perseguição política e roubo de documentos... dentro da SICAR? Sim, de onde o exemplo para milhões de fiéis deveria ser algo absolutamente normal... nada de novo, basta lembrar que nos últimos 1000 anos, de cada 10 pessoas mortas em guerras, 6 foram por motivos religiosos... é o ópio do povo... é a vontade de Deus????

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    1. Muitos questionamentos e na verdade pouca resposta. A Igreja também vivendo o seu momento de dúvidas. vlw meu amigo e grande educador
      Fabrício pelo comentário

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