Sem resposta
Em uma noite tranqüila de céu limpo, em meu pensamento
pairava as imagens vistas nos últimos dias. Não somente visões, mas também o
ouvir me transtornava. Sozinho em meu quarto, os meus neurônios viajavam na
complexidade das relações entre os seres humanos. Como entender?
Nas lutas psicológicas, não conseguia organizar aquilo que
no meu cérebro era a fonte de entendimento da interação social. Entretanto o
assunto aguçava as minhas idéias, numa tentativa de elucidar todas as dúvidas
que me afligiam.
A aflição sufocava a linha que, cada vez ficava mais tênue
entre o paradoxo: medo e coragem. As notícias na mídia perturbavam minha mente. Uma
fobia instigava o raciocínio, a concatenação de todas as relações sociais
existentes entre os seres.
Concatenar as diversidades não é fácil, mas não é
impossível. As reportagens de violência
(moral, sexual, doméstica, corrupção, motivo fútil, etc) causavam espanto no momento dessa minha reflexão.
O meu semblante externava a minha aflição.
Medo dos sentimentos, medo do outro, medo de ouvir, medo de
doar, medo do meu próprio medo. Nessa loucura momentânea, fechei os olhos e
refleti. A reflexão cada vez mais
distante, não permitia uma compreensão daquilo que intrigava o meu psicológico.
Nervoso, disperso e angustiado uma balbúrdia de ideologias
fazia dos meus desejos uma mera decepção de tudo que já tinha vivido.
Sem saber por onde começar, debatia com ele (medo) todas as
disparidades existentes entre os seres. As indagações eram inevitáveis, pois
não suportava tal situação.
Clamei a DEUS. Pedi misericórdia e bênção para entendimento
de todas as perguntas que não queriam se calar. Pausadamente, o meu espírito
era acalentado por ELE e com uma leveza de anjo sonolento ficava.
No outro dia...
No outro dia...
Ás seis da manhã quando acordei, uma tristeza abateu meu
coração, pois apesar da boa noite de sono, ainda não tinha obtido minhas
respostas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário