quinta-feira, 31 de maio de 2012

medo


                                                       Sem resposta
Em uma noite tranqüila de céu limpo, em meu pensamento pairava as imagens vistas nos últimos dias. Não somente visões, mas também o ouvir me transtornava. Sozinho em meu quarto, os meus neurônios viajavam na complexidade das relações entre os seres humanos. Como entender?

Nas lutas psicológicas, não conseguia organizar aquilo que no meu cérebro era a fonte de entendimento da interação social. Entretanto o assunto aguçava as minhas idéias, numa tentativa de elucidar todas as dúvidas que me afligiam.
A aflição sufocava a linha que, cada vez ficava mais tênue entre o paradoxo: medo e coragem. As  notícias na mídia perturbavam minha mente. Uma fobia instigava o raciocínio, a concatenação de todas as relações sociais existentes entre os seres.
Concatenar as diversidades não é fácil, mas não é impossível. As reportagens  de violência (moral, sexual, doméstica, corrupção, motivo fútil, etc) causavam  espanto no momento dessa minha reflexão. O meu semblante externava a minha aflição.
Medo dos sentimentos, medo do outro, medo de ouvir, medo de doar, medo do meu próprio medo. Nessa loucura momentânea, fechei os olhos e refleti. A reflexão  cada vez mais distante, não permitia uma compreensão daquilo que intrigava o meu psicológico.
Nervoso, disperso e angustiado uma balbúrdia de ideologias fazia dos meus desejos uma mera decepção de tudo que já tinha vivido.
Sem saber por onde começar, debatia com ele (medo) todas as disparidades existentes entre os seres. As indagações eram inevitáveis, pois não suportava tal situação.
Clamei a DEUS. Pedi misericórdia e bênção para entendimento de todas as perguntas que não queriam se calar. Pausadamente, o meu espírito era acalentado por ELE e com uma leveza de anjo sonolento ficava.


No outro dia...
Ás seis da manhã quando acordei, uma tristeza abateu meu coração, pois apesar da boa noite de sono, ainda não tinha obtido minhas respostas.  

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