quinta-feira, 13 de junho de 2013

Futebol canarinho

O pobre futebol milionário canarinho

    Futebol irresponsável, futebol de moleque, futebol de rua, futebol alegre, onde está esse futebol?
    Ao assistir o jogo do Brasil versus a França neste domingo, percebi o quanto esse esporte perdeu a magia do campo de várzea, das jogadas de efeito, da irreverência, na verdade, perdeu a essência da invenção. Meu Deus,  robotizaram o futebol.
Com uma habilidade enrijecida – talvez pelo esquema tático -, a sensação é de estarmos com um vídeo game manuseando as ações dos jogadores. Extremamente previsíveis, sem inspiração, fazem da partida uma indolência com poucas emoções.
    É nostálgico remeter as lembranças das jogadas de um Zico, Júnior, Careca, Sócrates, Cerezo, Luizinho, Éder e mais recentes Romário, Rivaldo, Ronaldo, dentre outros. Entretanto temos que contentar com jogadores medianos, ao qual vez ou outra com alguns lampejos artísticos.
    Antes lazer, hoje um tédio. Esse é o futebol moderno, mais propaganda, um funcionamento mercadológico, é menos arte em campo – a não ser quando as câmeras proporcionam o balé da imagem.
No entanto esse futebol pragmático, tedioso traz resultados. Um bom exemplo foi o Corinthians  no ano passado. Vários jogos, o time conseguia a vitória com um futebol extremamente burocrático, com resultados “magros” e poucos lances ofensivos ao adversário.
     Na verdade, hoje é um desafio assistir uma partida inteira de futebol, principalmente, quando se preza a arte e não a paixão por um time. A paciência para o baixo coeficiente intelectual de muitos vulgos artistas da bola, às vezes chega ao limite.
Em campo é visível à força física com pouco cérebro. Muita volúpia com pouco raciocínio. Muito dinheiro para pouca bola. Entretanto, esse futebol moderno não é marcado pelo uso do cérebro, pela velocidade do raciocínio, pela habilidade com a bola, mas sim a prática de um futebol de mercado – time, empresário, mídia, QI – Quem indica”- todos querendo um lugar ao sol : capital....capital...capital.
    Portanto, a carência da genialidade no futebol brasileiro atualmente, raríssimas exceções – indulgências a Ronaldinho Gaúcho, Alex – explica as pífias apresentações da seleção canarinho nos últimos anos. É tão crítica a situação que a mídia insiste em alienar torcedores criando gênios aspirantes do  futebol arte.
       Porque o futebol brasileiro está pedinte?
Ficamos responsáveis, deixamos de ser moleques, acabaram com o “golzinho de rua”, perdemos a alegria. O que aconteceu?
      Jamais saudosista, jamais avesso à inovação, a modernização do futebol, porém a difícil criatividade dos artistas, entedia qualquer amante da bela arte.





Nenhum comentário:

Postar um comentário