O pobre futebol milionário canarinho
Futebol irresponsável, futebol de moleque, futebol de rua, futebol
alegre, onde está esse futebol?
Ao assistir o jogo do Brasil versus a França neste domingo,
percebi o quanto esse esporte perdeu a magia do campo de várzea, das jogadas de
efeito, da irreverência, na verdade, perdeu a essência da invenção. Meu Deus, robotizaram o futebol.
Com uma habilidade enrijecida – talvez pelo esquema tático -,
a sensação é de estarmos com um vídeo game manuseando as ações dos jogadores.
Extremamente previsíveis, sem inspiração, fazem da partida uma indolência com
poucas emoções.
É nostálgico remeter as lembranças das jogadas de um Zico,
Júnior, Careca, Sócrates, Cerezo, Luizinho, Éder e mais recentes Romário,
Rivaldo, Ronaldo, dentre outros. Entretanto temos que contentar com jogadores
medianos, ao qual vez ou outra com alguns lampejos artísticos.
Antes lazer, hoje um tédio. Esse é o futebol moderno, mais
propaganda, um funcionamento mercadológico, é menos arte em campo – a não ser quando
as câmeras proporcionam o balé da imagem.
No entanto esse futebol pragmático, tedioso traz resultados.
Um bom exemplo foi o Corinthians no ano
passado. Vários jogos, o time conseguia a vitória com um futebol extremamente
burocrático, com resultados “magros” e poucos lances ofensivos ao adversário.
Na verdade, hoje é um desafio assistir uma partida inteira de
futebol, principalmente, quando se preza a arte e não a paixão por um time. A
paciência para o baixo coeficiente intelectual de muitos vulgos artistas da
bola, às vezes chega ao limite.
Em campo é visível à força física com pouco cérebro. Muita
volúpia com pouco raciocínio. Muito dinheiro para pouca bola. Entretanto, esse
futebol moderno não é marcado pelo uso do cérebro, pela velocidade do raciocínio,
pela habilidade com a bola, mas sim a prática de um futebol de mercado – time,
empresário, mídia, QI – Quem indica”- todos querendo um lugar ao sol :
capital....capital...capital.
Portanto, a carência da genialidade no futebol brasileiro
atualmente, raríssimas exceções – indulgências a Ronaldinho Gaúcho, Alex – explica
as pífias apresentações da seleção canarinho nos últimos anos. É tão crítica a
situação que a mídia insiste em alienar torcedores criando gênios aspirantes
do futebol arte.
Porque o futebol brasileiro está pedinte?
Ficamos responsáveis, deixamos de ser moleques, acabaram com
o “golzinho de rua”, perdemos a alegria. O que aconteceu?
Jamais saudosista, jamais avesso à inovação, a modernização
do futebol, porém a difícil criatividade dos artistas, entedia qualquer amante
da bela arte.
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