Energia Nuclear: o uso
paradoxal
A energia nuclear é a energia liberada durante a
fissão ou fusão dos núcleos atômicos. A reação nuclear é a modificação da
composição do núcleo atômico de um elemento podendo transformar-se em outros
elementos. A principal vantagem da
energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de combustíveis fósseis,
não lançando na atmosfera gases tóxicos, e não sendo responsável pelo aumento
do efeito estufa.
A utilização da energia nuclear vem crescendo a
cada dia. Essa energia é uma das alternativas menos poluentes, permite adquirir
muita energia em um espaço pequeno e instalações de usinas perto dos centros
consumidores, reduzindo o custo de distribuição de energia, ou seja, a energia
nuclear torna-se mais uma opção para atender com eficácia à demanda energética
no mundo moderno.
Atualmente os países europeus – Suécia, França,
Alemanha, Espanha, Rússia - são os que mais utilizam essa fonte energética. Haja
vista, que nas últimas décadas, considerando a produção total de energia elétrica
no mundo, a participação da energia nuclear saltou de 0,1% para 17% em 30 anos,
fazendo-a aproximar-se da porcentagem produzida pelas hidrelétricas. De acordo
com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no final de 1998 havia
434 usinas nucleares em 32 países e 36 unidades sendo construídas em 15 países.
A decisão de construir usinas depende em grande parte dos custos de produção da
energia nuclear.
Em nosso país, a procura da tecnologia nuclear começou na década de 50, com Almirante Álvaro
Alberto, que entre outros feitos criou o Conselho Nacional de Pesquisa, em
1951, e que importou duas ultra-centrifugadoras da Alemanha para o
enriquecimento do urânio, em 1953.
A decisão da implementação de uma usina nuclear no
Brasil aconteceu em 1969. E que em nenhum momento se pensou numa fonte para
substituir a energia hidráulica, da mesma maneira que também após alguns anos,
ficou bem claro que os objetivos não eram simplesmente o domínio de uma nova
tecnologia. O Brasil estava vivendo dentro de um regime de governo militar e o
acesso ao conhecimento tecnológico no campo nuclear permitiria desenvolver não
só submarinos nucleares, mas também armas atômicas.
Em 1974,, as obras civis da Usina Nuclear de Angra
1 estavam em pleno andamento quando o Governo Federal decidiu ampliar o
projeto, autorizando a empresa Furnas a construir a segunda usina.
Mais tarde, em 1975, com a justificativa de que o
Brasil já mostrava falta de energia elétrica para meados dos anos 90 e início
do século 21, uma vez que o potencial hidroelétrico já se apresentava quase que
totalmente instalado, foi assinado na cidade alemã de Bonn o Acordo de
Cooperação Nuclear, pelo qual o Brasil compraria oito usinas nucleares e
possuiria toda a tecnologia necessária ao seu desenvolvimento nesse setor.
Desta maneira o Brasil dava um passo definitivo
para o ingresso no clube de potências atômicas e estava assim decidido o futuro
energético do país, dando início à Era Nuclear Brasileira. Atualmente temos
Angra 1 e Angra 2, com previsão para novos investimentos possibilitando uma usina
no nordeste brasileiro.
Entretanto, na sociedade moderna, percebe-se uma inquietação
quanto ao uso da energia nuclear, pois o mundo já sofreu com várias catástrofes
em usinas nucleares – Chernobil (Ucrânia -1986), Fukushima (Japão -2010) – e ainda
o hediondo ataque norte-americano em Hiroshima e Nagasaki marcou o horror no
planeta, já que utilizando armas atômicas deliberadamente contra seres humanos, foram
mais de 100 mil pessoas mortes nos ataques de 6 a 9 de Agosto de 1945 e outros
milhares morreriam nos anos seguintes sofrendo de complicações causadas pela
radiação. Além de tudo, preocupa-se com os resíduos atômicos, pois não há um
consenso entre estudiosos quanto ao depósito seguro desse lixo.
Portanto é um paradoxo no uso da energia nuclear,
pois pode ser usada para o bem da
humanidade - produzindo energia - , porém pode causar várias guerras e
catástrofes com o seu mau uso.
Sabemos que o século XXI será marcado pelas buscas por
energias seguras e sustentáveis, mas não podemos esquecer que a energia nuclear
necessita do urânio – não renovável – e ainda é considerada de alto custo devido
ao processo de enriquecimento do minério.
Então entre governos e estudiosos há uma discussão
na viabilidade do uso da energia nuclear. A sociedade está preocupada com a
maneira do uso dessa energia, por isso é relevante o papel de inspeção da AIEA
nas usinas atômicas de todo o mundo.
Seria a energia nuclear, uma alternativa para o
século XXI?
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