terça-feira, 25 de setembro de 2012

energia nuclear


                        Energia Nuclear: o uso paradoxal

A energia nuclear é a energia liberada durante a fissão ou fusão dos núcleos atômicos. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico de um elemento podendo transformar-se em outros elementos.  A principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de combustíveis fósseis, não lançando na atmosfera gases tóxicos, e não sendo responsável pelo aumento do efeito estufa.
A utilização da energia nuclear vem crescendo a cada dia. Essa energia é uma das alternativas menos poluentes, permite adquirir muita energia em um espaço pequeno e instalações de usinas perto dos centros consumidores, reduzindo o custo de distribuição de energia, ou seja, a energia nuclear torna-se mais uma opção para atender com eficácia à demanda energética no mundo moderno.
Atualmente os países europeus – Suécia, França, Alemanha, Espanha, Rússia - são os que mais utilizam essa fonte energética. Haja vista, que nas últimas décadas, considerando a produção total de energia elétrica no mundo, a participação da energia nuclear saltou de 0,1% para 17% em 30 anos, fazendo-a aproximar-se da porcentagem produzida pelas hidrelétricas. De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no final de 1998 havia 434 usinas nucleares em 32 países e 36 unidades sendo construídas em 15 países. A decisão de construir usinas depende em grande parte dos custos de produção da energia nuclear.
Em nosso país, a procura da tecnologia nuclear  começou na década de 50, com Almirante Álvaro Alberto, que entre outros feitos criou o Conselho Nacional de Pesquisa, em 1951, e que importou duas ultra-centrifugadoras da Alemanha para o enriquecimento do urânio, em 1953.
A decisão da implementação de uma usina nuclear no Brasil aconteceu em 1969. E que em nenhum momento se pensou numa fonte para substituir a energia hidráulica, da mesma maneira que também após alguns anos, ficou bem claro que os objetivos não eram simplesmente o domínio de uma nova tecnologia. O Brasil estava vivendo dentro de um regime de governo militar e o acesso ao conhecimento tecnológico no campo nuclear permitiria desenvolver não só submarinos nucleares, mas também armas atômicas.
Em 1974,, as obras civis da Usina Nuclear de Angra 1 estavam em pleno andamento quando o Governo Federal decidiu ampliar o projeto, autorizando a empresa Furnas a construir a segunda usina.
Mais tarde, em 1975, com a justificativa de que o Brasil já mostrava falta de energia elétrica para meados dos anos 90 e início do século 21, uma vez que o potencial hidroelétrico já se apresentava quase que totalmente instalado, foi assinado na cidade alemã de Bonn o Acordo de Cooperação Nuclear, pelo qual o Brasil compraria oito usinas nucleares e possuiria toda a tecnologia necessária ao seu desenvolvimento nesse setor.
Desta maneira o Brasil dava um passo definitivo para o ingresso no clube de potências atômicas e estava assim decidido o futuro energético do país, dando início à Era Nuclear Brasileira. Atualmente temos Angra 1 e Angra 2, com previsão para novos investimentos possibilitando uma usina no nordeste brasileiro.
Entretanto, na sociedade moderna, percebe-se uma inquietação quanto ao uso da energia nuclear, pois o mundo já sofreu com várias catástrofes em usinas nucleares – Chernobil (Ucrânia -1986), Fukushima (Japão -2010) – e ainda o hediondo ataque norte-americano em Hiroshima e Nagasaki marcou o horror no planeta, já que utilizando armas atômicas  deliberadamente contra seres humanos, foram mais de 100 mil pessoas mortes nos ataques de 6 a 9 de Agosto de 1945 e outros milhares morreriam nos anos seguintes sofrendo de complicações causadas pela radiação. Além de tudo, preocupa-se com os resíduos atômicos, pois não há um consenso entre estudiosos quanto ao depósito seguro desse lixo. 
Portanto é um paradoxo no uso da energia nuclear, pois  pode ser usada para o bem da humanidade - produzindo energia - , porém pode causar várias guerras e catástrofes com o seu mau uso.
Sabemos que o século XXI será marcado pelas buscas por energias seguras e sustentáveis, mas não podemos esquecer que a energia nuclear necessita do urânio – não renovável – e ainda é considerada de alto custo devido ao processo de enriquecimento do minério.
Então entre governos e estudiosos há uma discussão na viabilidade do uso da energia nuclear. A sociedade está preocupada com a maneira do uso dessa energia, por isso é relevante o papel de inspeção da AIEA nas usinas atômicas de todo o mundo.
Seria a energia nuclear, uma alternativa para o século XXI?

Um comentário:

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